Agora estou eu lá, na
comunidade do orkut e me sentindo a própria maledeta. É muito bom ver um pessoal novo interessado em escrever, em ler. É muito bom mesmo. E pensar que tudo isso começou com um weblog estrangeiro e virou febre nacional com o BliG. Áureos tempos, que ninguém, ninguém mesmo pode renegar. Fiz meus amigos blogueiros, fiz alguns amigos tornarem-se blogueiros e de ótima qualidade por sinal e cá estamos nós, catarticamente falando do mundo blogueiro.
Num tópico da comunidade, falei sobre não conseguir escrever no word e depois passar para o blog, o que foi interpretado por alguns como preguiça pura.
Rebato informando que não considero preguiça, mas sinto que com isso vou "podar" meus momentos de inspiração e perder o fio da meada.
Jamais gostei de transpor um texto de um lugar (word por exemplo) para o site do blog. Não sinto interação. Tentei juro, não consigo.
A conversa partiu por conta dos erros de português. Concordo plenamente que escrever algo evitando-se ao máximo cometer erros de português é um dever nosso. Cansei de ler blogs, textos de amigos, e-mails ou o que quer que seja na net com erros crassos do nosso valoroso português, e confesso, cometo erros inimagináveis para uma pessoa que necessita constantemente redigir ofícios, pareceres e outras "coisitas" mais. Diversas vezes deparei-me com o velho e indeciso tema, é seção ou sessão...? Ou pior... é esse ou este... ? ou então, concordâncias verbais, nominais, adjetivas e o escambau a quatro.
Tenho verdadeira paura da matéria de português, por conta de uma professora no interior de São Paulo que insistia em falar bem baixo na sala, prendendo a atenção dos alunos e também o medo insensato de ser reprovado. Enfrentar mais um ano com a bruxa loira não era fácil.
Pior era ser sempre lembrada por ela: "Viridiana, esse texto está bom, mas falta alguns "pequenos" acertos." Pernas tremiam a simples menção do "pequeno acerto". Ela era uma sádica, e acho que com ela aprendi a odiar a gramática, mas amar a literatura.
É, lembrei-me de uma época em que os moços eram moços, e as moças, puramente moças!