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28 dezembro 2005

René, meu irmão, a infância marca.

É meu irmão, a infância marca.
Você, pelas letras e músicas de Germano Mathias, eu pelo fato do pai andar de branco.
Se Germano Mathias for aquele que vivia de panamá e roupa branca, o estiloso malandro do Rio de Janeiro, nos temos porque associá-lo ao Queiroz.
Sim, nosso pai vivia de branco (pelo menos é isso que eu lembro). E era muito interessante andar com ele pelas ruas do Jabaquara e ele ser cumprimentado. " Oi Doutor!", "Bom Dia, Doutor."
Sem a menor dúvida, o fato de estar sendo "intitulado", era a glória para aquele homem. Ao seu lado sentia o "peito empombar", o sorriso ficar mais largo e até seus passos ganharem uma nova aderencia ao chão.
Quando morei no interior, em São joão da Boa Vista, às vezes ele "comparecia" aos bares próximos de onde morávamos e era sempre cumprimentado como o "Dr. Queiroz".
Que fascínio um homem pode ter por um título? Que reconhecimento pode levar?
Meu chefe (Delegado de Polícia de Carreira), costuma chamar a todos seus contatos de Doutor. Seja ele um simples homem. Mas até com ele, a nomenclatura foge, quando deveria chamar o feito de seus sapatos e ou camisas também de Doutores. Afinal, doutor no meu entendimento, é todo aquele provido de conhecimento sobre "algo".
Para Houaiss :
Dataçãos XIII cf. IVPM Acepções■ substantivo masculino 1 aquele que está habilitado para ensinar 1.1 aquele que ensina publicamente matérias de doutrina Ex.: 1.2 aquele que, numa universidade, foi promovido ao mais alto grau depois de haver defendido tese em alguma disciplina literária, artística ou científica Ex.: d. em direito, em música, em medicina 1.3 designação que receberam os principais mestres da escolástica 2 Derivação: por analogia. homem muito instruído em qualquer ramo Ex.: homem brilhante, é d. em muitos assuntos 3 Derivação: por extensão de sentido. homem que deita sapiência ou que dita regras de pensamento a propósito de tudo Ex.: arranja-se muito bem sem a sabedoria dos d. 4 Uso: informal. homem com muita experiência Ex.: já fez de tudo, é d. nos altos e baixos da vida 5 Uso: jocoso. indivíduo que reincide, que costuma ter o mesmo procedimento (ger. negativo); useiro e vezeiro; mestre Ex.: 6 Derivação: por extensão de sentido. título que, por cortesia, se costuma dar àquele que é diplomado em curso superior, esp. em medicina 7 Derivação: por metonímia. qualquer médico Ex.: o d. ficou de ver o doente em casa 8 Derivação: por extensão de sentido. título que, por disposição legal, compete aos magistrados judiciários (juízes e delegados) 9 termo de respeito, us. em reconhecimento de superioridade na hierarquia social Ex.: 9.1 Derivação: por extensão de sentido. tratamento que as pessoas humildes dispensam aos que se apresentam bem vestidos 10 Uso: informal. m.q. urinol 11 Rubrica: ictiologia. m.q. bilro (Pareques acuminatus) 12 Rubrica: ictiologia. Regionalismo: Brasil. m.q. peixe-galo (Selene setapinnis) 13 Rubrica: teatro. personagem da commedia dell'arte arrolado na categoria dos patrões (ger. médico ou advogado); vaidoso, pedante, costuma exibir-se empregando termos latinos; a toga e a beca com que sempre se apresenta o tornam prontamente reconhecível 14 Regionalismo: Brasil. Diacronismo: antigo. designação popular de certo vento a que se atribuíam virtudes terapêuticas ■ adjetivo 15 que recebeu o grau de doutor.
Do mesmo Houaiss: Uso em Portugal o empr. desse título é generalizado a professores primários, formandos em medicina, todos que se diplomaram em faculdades e os que defenderam tese de doutoramento.
Portanto, quem é Doutor no Brasil? Ah, sei lá...
Mas lembrar de meu pai de branco, andando com uma empáfia e com jeito de sabido, é uma grata lembrança. Obrigada meu irmão.

23 dezembro 2005

Você já acordou com a sensação de "fodi tudo" ?
Pois foi assim que acordei hoje. Mas ao longo do dia fiquei pensando, será que realmente fodi algo? Presume-se que só se estraga algo que seja bom, que seja interessante, que seja MEMORÁVEL. Então se as coisas não são assim, ótimo, não "fodi" nada.
Mas a sensação não vai embora, talvez seja porque sempre escuto a mesma coisa: O mundo virtual não é a mesma coisa que o mundo real.
Cacete! Como não é? Como uma pessoa pode ser diferente por detrás de um monitor ? Não consigo enxergar isso!
Do mesmo modo que não consigo entender como uma pessoa tem uma atitude com alguém e a mesma atitude com outro alguém? (Xi, você entendeu? Não, ok.. vou tentar explicar melhor!)
Digamos que você saia com o "Zé" (sim o "Zé", aquele...). O "Zé" era seu melhor amigo, seu amigo de todas as horas, que por um acaso da natureza alcançou um patamar maior no seu conceito e, por um também acaso da natureza, começou a ser "o" Zé. Aquele Zé que você quer do seu lado, que você quer contar sobre a música que te tocou ao ouvir. "O" Zé que quando você conta uma piada, já sorri, mesmo sabendo o final. Pois é, você elevou "o" Zé a tal patamar, que tudo que ele diz para você acaba sendo "unicamente" para você.
"O" Zé faz uma tatuagem, e diz para você: - Essa é a segunda tatuagem.
E você, com aquela cara de paisagem bucólica, incrivelmente adquirida por módicos R$ 1,99, pergunta: - Segunda? Ué? Já vi você nú, e nunca vi a primeira tatuagem!!!!!
E ele no alto da sutileza de Don Juan Verde Amarelo lhe diz : - A primeira é aquela que você vê toda vez quando olha no espelho!!!! (Essa frase é memorável e já ocupou um post de um antigo blog meu!). Ótimo!!! Você, com sua cara de paisagem by R$ 1,99, vibra por dentro, achando que é a última coca cola com gás em dia de festa na crêche. E saltitante, demonstra quando vê a tatuagem que ela é realmente a segunda (sem importância), porque você é a THE BEST no coração d"o" Zé.
Só que, queridinha, essa frase "o" Zé usa constantemente, para TODO ser humano que use saias e não seja padre ou escocês. Sim , "o" Zé tem uma imaginação para frases feitas que é inenarável.
"O" Zé tem a mesma forma de falar, o mesmo jeito de se expressar e a mesma constância em tratar qualquer ser humano descrito acima (que use saias!).
E "o" Zé tem a mesma forma de tratar, qualquer uma que seja, pelo tempo pré-definido por ele. O tempo definido como o "não quero compromisso". Esse tempo varia, pode ser de dois meses a um ano, com intervalos bem definidos.
Ah! Não podemos esquecer, que como todo crime bem planejado e esquematizado, "o" Zé informa a pretensa vítima de sua intenções ("Não quero compromisso, não estou a fim de me envolver. Mas eu só comecei a viver a partir do momento em que você nasceu!).
E ai você, pobre vítima de uma situação que começou estranhamento mal e vai acabar pior ainda descobre que "o" Zé é na realidade uma pessoa que não passou ainda do nível de "brita" asfáltica. Sim, "o" Zé se sente inferior.
E depois que você revela a"o" Zé que você o ama (como tu é burra, madame!), "o" Zé pergunta: - Cadê o trem que me atropelou?
Ah! Santa ignorância Batman. Nem o Charada conta piada melhor do que essa. Então você diz para a coitada ali que ela é a "razão de você levantar todo dia de manhã com ereção" e não quer que ela descubra que se apaixonou por esse ser "Fake" e "inferior" ?
(Abrem-se as cortinas e entra o Sr. Silvio Santos cantando sua músiquinha fatídica e dizendo, o Show do Milhão vai todinho pr"o" Zé, o rei da esperteza!).
Depois desse "freak show", você, com seu ar bucólico e paisagístico, socorre-se de pessoas que possam ao menos te "explicar" o que aconteceu. E ai você depois de um ano descobre que brigou sim, esperneou sim, fez e aconteceu sim, mas para que? Fez um "pampeiro" (desenterrei essa Fani), só para perceber que no final, se você falasse, vomitasse ou caisse durinha no chão com AVC de nada adiantaria.
Agora, se outra pessoa fala a mesma coisa que você, e essa pessoa é um possível banquete, pronto! Você fodeu tudo! hahahahahahahaha
Sabe, por isso me pergunto, qual a diferença de uma pessoa real e de uma pessoa virtual? Qual?
For God said.
Sabe Zé, o mundo é cor de rosa, os elefantes andam pelas ruas de São Paulo obedecendo o código de trânsito e as vacas lambem selo no correio.
Pombas, porque não engoli aquele pluto que estava na minha mão aquela vez, poderia agora estar tendo um fedback bem diferente.
E não sentiria raiva de mim por ter sido feita de idiota!
Ah Santo Bernardo, quantas vezes eu o idiotizei falando que daqui, ninguém iria tirar uma tira de pele. (Cobrindo o rosto com um pano, o cuspe está meio velhinho, fétido e sem graça.)
Brima Adriana, lembrou-me quando você reclamava para mim do moço das frases bonitas, dizendo que tudo era para todas, e não só para ela. Sinto muito por não ter te dado a atenção devida. Aqui faço meu MEA CULPA.
E a você "o" Zé, que hoje, infelizmente para mim é o zé, sinto que seu futuro não é tão promissor como falávamos. Sinto muito, mas quer saber? F-O-D-A-S-E.
Bendigo meus amigos, bendigo meus amores que terminaram de modo adulto e coerente. Mas bendigo mais ainda aqueles que morrem com a infeliz certeza de que inovar, inovar mesmo, nunca vão conseguir.
Bons sonhos !!!!!!!
Ah... beijos no teu sorriso... kkkkkkkkk..... Mas fica de longe, porque sua pequenez me faz ver que um dia, eu infelizmente achei que estava lá embaixo junto contigo. (bahhhh!)

20 dezembro 2005

Madonna === Mandona

Já tive meus momentos de tietagem com algum famoso.
Ao ver Antonio Fagundes passando perto da faculdade, tive meu momento "berro descontrolado". Sempre achei aquele homem um pedaço de puro pecado e mau caminho. Mas só.
Também tive momentos impares, como ver, num show da Madonna, ela e seu staff trocando de figurino no camarim aberto, lá no Morumbi. E foi só.

Mas devo confessar, ainda gosto muito dessa camaleoa. Ela canta "pra" caramba, e ainda tem uma presença em video incrivel. Pena que como atriz seja lastimável.
Esse vídeo foi bom, é bom e está bom... Faz bem apreciar... ah, ela tem um blog (http://www.myspace.com/madonna) nada que não deva ser um tanto visitado e apreciado, mesmo sendo um caleidoscópio virtual.
Enjoy it!

Madonna- Hung Up

16 dezembro 2005

A vida como ela é !

Ela passou um ano olhando o mundo pela lente embaçada de um monitor. Acordava as 7:00 hs só pelo prazer de ligar o computador e falar com ele, eram momentos de puro deleite, pura obsessão. Nutria por ele enorme admiração. Considerava-o um homem esperto, inteligente, resolvido, coerente.
Quando precisava ausentar-se, corria o suficiente para que chegasse no momento do Adeus, que era um sinal de que no dia seguinte, as coisas estariam do mesmo jeito, no mesmo patamar.
Até que um dia, o sol bateu muito forte no monitor, e ela pode ver o próprio reflexo e entender que ali não havia nada, absolutamente nada. Ela falava com ela, por ela e do modo dela. Ofuscada pelo próprio brilho, ela se assustou e se escondeu. Encontraram-na naquele lugar escuro, sombrio, fétido, horrível.
No dia seguinte, ela ligou o pc e se deu conta de que ela era muito mais do que um mero virtual.

14 dezembro 2005

"Homens conseguem ser desprezíveis por outras razões, mas em se tratando de inveja e mesquinharia as mulheres dão de dez." (Ziggy)
Começando esse post por essa frase dita pelo Cirineu no dia de hoje, comecei a entender como os homens nos veêm. Qual a percepção que eles tem sobre o modo como agimos entre nós. E posso endossar, eles estão certos.
No meio de uma conversa sobre o modo como as pessoas se expressam (bem ou mal) na internet, levantei a hipótese com ele sobre o fato de uma colega virtual sempre que vem falar comigo, demonstrar ter uma intimidade maior do que a minha com uma determinada pessoa. Por vezes reparei essa situação, mas dava uma importância ao fato mínima, até que um dia isso me desagradou realmente. Afinal, com que finalidade essa colega utilizava-se desse artifício?
Desagradando-me profundamente, o que melhor me pareceu fazer era ignorar essa pessoa. Dar-lhe o tratamento contrário ao que daria na vida real, porque se convivesse comigo no mesmo ambiente real, deveria eu, por educação, suportá-la (acho!).
Foi ai que percebi, e respaldando a frase de Cirineu, posso dizer que realmente, quando o assunto envolve inveja, ciúme ou mesquinharia, nós mulheres damos de dez. O que no mínimo não deveria causar espanto a ninguém.
Só o que me faz pensar em lamentar algumas atitudes, vinda de pessoas do mesmo sexo. Homens definitivamente não pensam assim quando o assunto é relacionamento, amor, etc...
São alheios a esses tipos de atitudes porque isso não os fortalece, e tem plena consciência disso. Será que penso tal qual os homens?
Pois é, ficamos chocados quando vemos pessoas, ditas detentoras de um certo conhecimento, agindo dessa forma! Pessoas que com certeza não podem reclamar quando a denominamos de vazias, pequenas e insignificantes.
Então, como vivemos num mundo virtual e como novamente disse meu "guru" Ziggy, "...permitir-se ofender, deixar-se irritar por pessoas que nada significam na sua vida é pura estupidez... ", vou içar essa pessoa ao patamar da insignificância (que ao que me parece é onde ela quer permanecer) e continuar a caminhar, porque caminhar faz muito bem para a mente.
E.T.: A intimidade tem que ser conquistada, igual uma montanha, não imposta !

12 dezembro 2005

Sinais

Cena: Sinal vermelho, carros parados, garotos “brincando” com malabares na faixa de contenção, um indivíduo se aproxima de um dos carros...

- Tenho culpa de você morar na rua? Foi eu quem te colocou ai? Vai trabalhar, vagabundo!
- Senhor, eu estou apenas pedindo uma esmola, não tenho o que comer!
- Sai da frente do meu carro, tira as mãos do vidro que mandei lavar.
- Senhor, eu trabalhava até cinco meses atrás, quando fiquei desempregado e não consegui mais pagar o aluguel... Vim parar nessa rua por obra e graça de um desalmado português, dono da casa onde morava eu, minha mulher e meus cinco filhos, por favor, uma esmola...
- Quem mandou você “fazer” tantos filhos, tenho eu que cuidar deles pra você? Não me peça mais nada... Saia da minha frente.
- Senhor, se eu fosse do mal, estaria com uma arma agora apontada para sua cabeça, mas sou uma pessoa do bem, só quero alimentar meus filhos.. por favor...
- Estou falando, sai da minha frente...
- Senhor, não me resta outra alternativa... Sai do carro (apontando um .38 para a cabeça do “Senhor”), passa a chave, a carteira e não ouse reagir. Vamos logo, estou com pressa...
- Ohhh, calma, calma... tudo...tudo bem.. estou soltando o cinto de segurança, um segundo... Poxa, reparei que você fala muito bem, qual era a sua profissão anterior?
Entrando no carro, ajustando o banco e olhando com olhos frios para o homem tremendo na rua, ele responde:
- Era um micro empresário, e tenho certeza que desprezei algum pai de família que pedia esmola para poder alimentar os filhos!!!!

E sai em disparada pela avenida, cantando os pneus daquele importado.

(Postado para o 9° Concurso dos Blogueiros Malditos. Tema: Desigualdade Social)
Esse texto que estou postando, está também no meu espaço do msn. Mas vi pertinência em colocá-lo aqui, hoje estou propícia a ter isso em mente.

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades. Hoje sei que isso é ser... autêntico.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de... amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... respeito.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável...Pessoas, tarefas, crenças, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama.. amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é saber viver a vida ..... intensamente.
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes. hoje descobri a... humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez, plenamente.
Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.

(texto supostamente indicado como do filme "Sociedade dos Poetas Mortos")

08 dezembro 2005

Narcisismo!


E como eu sou egoísta ao extremo, nada melhor do que mostrar-me em momento cool.
Cansada pela maratona de ir ao casamento de uma amiga e sair de lá crente que essa de véu e grinalda não é para mim mesmo.
Casamento!!! Quem o fez ou vai fazê-lo que o diga... ninguém merece passar anos, meses, semanas preparando algo que no final vai encerrar em apenas uma hora.
Admiro muito meus amigos que não se preocuparam com a sociedade, e se "enrolam" apenas no cartório, com as testemunhas normais e com os papariques naturais. Um deles que casou assim, mandou cartas aos amigos que providencialmente chegou no mesmo dia do enlace, avisando que estariam no endereço tal, e que lá nos esperavam para um jantar. Criativo não ?
Casar? "Tô fora" ! (até que um doido resolva mudar essa idéia de minha cabecinha dura!!!).
Agora, diga a verdade. Sou livre e tenho o espírito livre, livre como sempre foi e melhor agora, sabendo o que me traz para essa liberdade.
Uma vez, ousaram dizer que como "tínhamos" o espírito livre, poderíamos estar em todos os lugares, porque em cada lugar que estivéssemos, um beijo seria a representação dessa liberdade. Então ai vai um beijo no seu coração!!!
Eu sinto isso...

06 dezembro 2005

Mantra ??? Sexo anal ???

"Parece mantra para sexo anal, você sabe que dói, mas o resultado pode ser prazeiroso depois que você começa entoar."

Quando li essa frase no blog da Ly, não aguentei, ri muito. Já realizei a cena de alguém fazendo um mantra para o sexo anal não ser tão dolorido, quando parei para pensar que no fundo, lá no fundo (ops.. sem segundas interpretações por favor!), o que ela quis dizer (e estava no contexto da paixão), é que quando se apaixona, quando se descobre apaixonada, a coisa flui tão pacificamente que mesmo que se venha a perder essa paixão, não se perde o prazer de ter sentido a paixão.
Outro dia falavasse da duração da paixão. Uma coisa inédita para mim. E foi aí que percebi, minha paixão teve prazo de duração sim!
Iniciou-se despretensiosamente, igual alguém procurando emprego e conseguindo. Galgou escadas, subiu ao posto mais alto, e quando se viu lá em cima, fulgorosa, despencou.
Tudo isso num prazo de um ano. Foi bom enquanto durou ? Foi sim. Só não aceitei ser colocada no patamar do relacionamento apenas "amigável".
E olha, entrei em choque comigo mesma. Durante anos bati na tecla do sexo sem compromisso, dos amigos que transavam e levavam tudo na boa. Você agora deve estar se perguntando, mas não tem amigos que transam? E eu afirmo, tem sim, muitos. Acredito neles ainda, e tenho amigos com os quais, com toda certeza, teria uma transa da melhor qualidade porque esses amigos não encarnam uma paixão, um amor. Só tesão, só coisa física, nada coração.
Um ano durou, outro ano também para curar a dor da perda. E olha, levantando-se a cabeça, se vai ao longe.
Mas se for preciso um mantra para a paixão, que seja esse:
A paixão é como Deus
Que quando quer
Me toma todo o pensamento
Dirige os meus movimentos
Meu passo é dela
Meu pulso é desse todo poderoso sentimento
(maria rita)

02 dezembro 2005

Pois é.
O que será de uma viciada em internet sem seu monitor?
Por que os monitores resolvem cometer suicídio justo na hora que você mais precisa deles? Será que existe um complô mundial? Será que os monitores se reunem quando não estamos olhando e decidem que o melhor para os companheiros é entrarem em erupção assim, sem mais nem menos?
Pois é.
Estou sem meu monitor. Até quando não sei!
Blogar ou seja lá o que for, somente se estiver no trabalho ou em algum lan (coisa que não gosto mesmo).
Agora me digam, por que as coisas acontecem justo quando você não tem dinheiro, pila, grana, bufunfa, mussarela (!) etc etc etc... ?
É uma verdadeira incógnita.

29 novembro 2005

La comunidad

Agora estou eu lá, na comunidade do orkut e me sentindo a própria maledeta. É muito bom ver um pessoal novo interessado em escrever, em ler. É muito bom mesmo. E pensar que tudo isso começou com um weblog estrangeiro e virou febre nacional com o BliG. Áureos tempos, que ninguém, ninguém mesmo pode renegar. Fiz meus amigos blogueiros, fiz alguns amigos tornarem-se blogueiros e de ótima qualidade por sinal e cá estamos nós, catarticamente falando do mundo blogueiro.

Num tópico da comunidade, falei sobre não conseguir escrever no word e depois passar para o blog, o que foi interpretado por alguns como preguiça pura.
Rebato informando que não considero preguiça, mas sinto que com isso vou "podar" meus momentos de inspiração e perder o fio da meada.

Jamais gostei de transpor um texto de um lugar (word por exemplo) para o site do blog. Não sinto interação. Tentei juro, não consigo.
A conversa partiu por conta dos erros de português. Concordo plenamente que escrever algo evitando-se ao máximo cometer erros de português é um dever nosso. Cansei de ler blogs, textos de amigos, e-mails ou o que quer que seja na net com erros crassos do nosso valoroso português, e confesso, cometo erros inimagináveis para uma pessoa que necessita constantemente redigir ofícios, pareceres e outras "coisitas" mais. Diversas vezes deparei-me com o velho e indeciso tema, é seção ou sessão...? Ou pior... é esse ou este... ? ou então, concordâncias verbais, nominais, adjetivas e o escambau a quatro.

Tenho verdadeira paura da matéria de português, por conta de uma professora no interior de São Paulo que insistia em falar bem baixo na sala, prendendo a atenção dos alunos e também o medo insensato de ser reprovado. Enfrentar mais um ano com a bruxa loira não era fácil.

Pior era ser sempre lembrada por ela: "Viridiana, esse texto está bom, mas falta alguns "pequenos" acertos." Pernas tremiam a simples menção do "pequeno acerto". Ela era uma sádica, e acho que com ela aprendi a odiar a gramática, mas amar a literatura.

É, lembrei-me de uma época em que os moços eram moços, e as moças, puramente moças!

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28 novembro 2005

Egoísmo!


Sim.... sou egoísta.
Estou sentindo uma pontada de egoísmo em todo esse blog. Estou falando somente de mim.
Blog é uma catarse? ok, o é, mas eu não consigo ser de todo egoista? Será mais um caminho nessa longa caminhada que é a terapia?
Fico me perguntando quem sou, para onde vou, porque vim?
Mais um embroglio filosófico.

24 novembro 2005

São Paulo

São Paulo conspira contra minha pessoa.
Quando penso em partir, ela tende a me prender em sua rede de concreto armado.
Acho que ela me ama mais do que qualquer outra pessoa.

23 novembro 2005

Medo

Começar esse post com essa palavra me assusta, mas foi com ela que acordei hoje lendo um blog de uma pessoa que eu não conheço, nunca vi na frente, só falei uma vez em um contato um tanto estranho (por ser virtual), e agora só tenho visto pelas visitas que faço ao espaço dele.

Todas as vezes que iniciei um blog, eu inseria o velho papo do "nasci de uma família..." e terminava dizendo que assim o era. Pois agora posso dizer que nasci de uma família meio estranha, detonada por um lado, obscura por outro. A terapia, quando inicia o toque no fundo do poço, da escavação da minha infância, traz um medo incompreensível ainda. Tenho medo de tocar nas coisas que por ventura me fizeram mal, mesmo não sabendo quais são.
Meu pai era desenhista, minha mãe, sempre dona de casa. Meus irmãos, René um visionário, um cara inteligente, pacato, sossegado. O Sérgio um espírito incansável, trabalhador, rápido.
Quando René casou com Leonor, meu pai (tenho certeza), sentiu a perda do filho. Mas não admitia. A mesma coisa com o Sérgio. Quando o Sérgio faleceu, ele realmente tinha perdido um dos filhos, e acho que a partir daquele momento ele percebeu que não esteve presente o tempo todo com os filhos. Sim, Queiroz foi ausente em tudo.
Dai começou a procurar René. E quando meu pai faleceu, estava sozinho num asilo para pessoas doentes em Campos do Jordão. Todos pediram que o fosse visitar, mas como ele havia me "culpado" da doença dele, resolvi que era melhor não.
Dei o recado de seu falecimento, que me foi passado pela irmã mais nova dele 9 meses depois ao meu irmão, e continuamos a viver.
Quem vai questionar essas coisas? Ninguém. Só, quem sabe, em terapia.
E foi na terapia que me defrontei com uma coisa estranha. Eu sempre me declarei uma garota não revoltada com tudo que acontecia com minha família. Eu na realidade não enxergava o que estava acontecendo e não queria de modo algum enxergar. Não sou uma garota revoltada porque não me permito revolta. Sou no máximo magoada com todos que magoaram minha infância, mas eles não estão mais aqui para que eu resolva os problemas conversando com eles, então vou cuidar de ter mais contato com meu único irmão. Deixando de lado o fato de que ele é assim, na dele. E o moço que eu estava lendo sabe bem o que é ver uma pessoa na dele.
Não sei se sinto pena dele ou apenas confirmo que somos todos do mesmo sangue e seguimos nosso caminho sem olhar para trás, sem reparar no quanto magoamos as outras pessoas.
Ele tem uma consciência maravilhosa igual a da irmã. E eu me identifico muito com eles. Muito mesmo. Estamos passando por momentos de descoberta, eu mais tarde que eles, com certeza, mas ainda bem que estou passando.
Então moço bonito, que eu não tive o prazer ainda de conhecer, mas tenho certeza que o universo há de conspirar a favor de nós, te desejo felicidades mil, descobertas ainda maiores, e rezo que mesmo com o mesmo sangue e mesmo destino, não nos deixemos cometer os mesmos erros de nossos pais.

21 novembro 2005

A cada acordar, uma nova sensação.

Tenho vivenciado momentos, digamos, estranhos.
Minha vida está programada para ser boa, interessante, legal. Vou fazer o máximo para que isso se concretize.
O voltar a escrever me deu nova luz, nova direção, novos ares.
Hoje deparo-me com um novo desafio, e esse eu estou boba por vencer, a ansiedade.
Sou ansiosa ao extremo, querendo tudo que era para amanhã, hoje, agora (se fosse Santo seria o Santo Expedito).
E essa coisinha que atrapalha e só pode ser tratada a base de alopatia, me deixa em extase. Vamos ver até onde vou!

20 novembro 2005

Primeiro Post

Voltei novamente a "blogar".
Quando os webblogs começaram a ser uma febre, me meti a fazer um monte de blogs, tanto no precursos dele, que foi o blig do iG (se não me engano), e depois no blogpost e outros, e até nesse endereço eu, se não me engano, devo ter umas cinco contas. Um abuso, quando não se usa nenhum.
Em diversos blogs eu inicei contanto minha infância. Contei o que eu achava que fosse uma verdade para mim. Nunca admiti que tivesse problemas com relacionamentos familiares, mas a terapia (ah, santa terapia), mostrou que na realidade a Viridiana sofre de sérios problemas com relação à família.
Nasci a caçula, aquela que tem que ser cuidada e protegida, e no final acabei cuidando e protegendo quem ficou desamparado.
Sempre dizia que a separação de meus pais foi a melhor coisa que aconteceu naquela casa, mas não admitia que era o melhor para minha mãe. E eu? Nunca pensei na realidade em mim. Sempre nos outros, e continuo assim.
Não fui criança. Fui adulta desde a infância, assumindo responsabilidades que não deveriam ser minhas. Tive um pai, ausente, mas um pai. Um homem que passou a mesma relação de ausência e presença para os homens da família.
A terapia tem sido a melhor coisa que já fiz por mim. Tenho me descoberto, e isso é um ganho que ninguém pode tirar de você. Alguns podem me dizer, como você não se descobriu sozinha? E eu respondo, você admite estar errado ? Você admite ver o problema a sua frente e permite-se direcionar esse problema até sua solução? Pode? Ótimo, você é um privilegiado.
Eu não posso, eu não consigo, ou melhor, eu não conseguia.
Sou filha de pai ausente e mãe controladora. E com isso, assumi a parte de controladora dela, e a ausência de demonstração de sentimentos de meu pai. E isso estou aprendendo a entender. Só que é um caminho longo, árduo, não é fácil. Se fosse fácil, não custaria tão caro!
Percebo que reprimo muito minhas emoções, mesmo aparentando ser tão carinhosa. Precisamente isso estou trabalhando.
Espantei-me ao perceber que preciso sim da família que eu disse a mim mesmo que não queria encontrar. Fui procurar meu irmão e com ele tive uma conversa legal. Claro que fui armada e encouraçada, não me permitindo chorar. Mas fui bem recebida, fui bem tratada e tive algumas informações que não tive quando criança.
É, minha família sofre de um mal bem conhecido, a falta de companherismo e a displicência no trato com seus integrantes.
Quem não viu uma família assim que atire a primeira pedra.
Mas porque resolvi voltar a blogar? Porque senti necessidade de expor minhas mazelas e escrever sobre o que sinto. Perdi isso nos momentos em que me vi envolvida com o André Tadeu. Entrei em completo processo de depressão, talvez por ter entrado em contato com meu eu interior. Sobre o André, a quem vou denominar de Ele para que não seja continuamente dolorido falar da perda que ele teve em não continuar comigo, eu falo depois. O que importa agora é falar de mim, da minha família e dos meus momentos de terapia e evolução.
Sim, evolui muito. Está certo que a dois meses eu não faço terapia direto, apenas por contenção de despesas, mas logo eu retorno. E a Simone (terapeuta) tem percebido uma grande evolução. Agora estou mais questionadora, ainda com a ansiedade a mil, mas controlada nos momentos em que eu estouro. E assim vou indo.